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Tenerife com um bebé - as nossas dicas

Marcadas a maioria das férias do ano sobraram quatro dias, óptimos para juntar a um feriado e ficarmos com uma semana. Lá escolhemos o feriado do 1 de Novembro e, a partir daí, começar a procura de voos para locais onde desse para fazer praia nesta altura do ano. Decidimos escolher praia porque o Francisco adora e nós também! E, com algumas cedências [porque somos os dois pais e nem sempre concordamos em tudo, mas temos de fazer aquilo que deixa os dois confortáveis], decidimos não fazer um voo maior que 3 horas. Isso reduziu bastante as opções de destino, mas os voos directos a 60€ por pessoa para Tenerife convenceram-nos.


Quando reservámos não tínhamos noção nenhuma de Tenerife e achávamos, como quase toda a gente, que o ponto forte de Tenerife eram as praias. Quando começámos a investigar e a pedir dicas a uma amiga que lá viveu percebemos que íamos ter umas férias bem diferentes das que achávamos inicialmente. Foi um destino que nos surpreendeu nalguns aspectos, noutros nem tanto. Se queremos regressar? Nem por isso, mas gostámos de ter ido e não nos arrependemos minimamente da escolha!


Ficam as nossas dicas de Tenerife com um bebé!


Quando ir?


O clima de Tenerife varia entre o ameno e o quente e, segundo a nossa amiga, só não é possível fazer praia nos meses de Dezembro e Janeiro.


Gostámos de ir nesta altura e daquilo que vimos, pelo número de aldeamentos e hotéis, nunca iríamos lá em época alta. Se mesmo nesta época havia muito turismo, no verão deve ser de fugir!


Outra vantagem desta altura é que se conseguem preços muito em conta! Pelas 7 noites num apartamento muito básico [e com fraca limpeza], com duas piscinas, uma delas coberta [mas não aquecida] pagámos 195€! O carro também para os 7 dias ficou por 115€ com cadeira de bebé e seguro contra todos os riscos sem franquia incluído!


Desvantagem desta altura, apesar de não sabermos se é sempre assim, o mar em toda a Costa Norte da ilha estava super agitado e não pudemos experimentar nenhuma das piscinas naturais.


Quanto tempo ficar?


Para conhecer minimamente a ilha pelo menos 4 dias são obrigatórios! Uma semana para nós, com o ritmo de bebé, foi o ideal! Deu para conhecer e para ter sempre um período do dia de praia ou piscina para relaxar. Para quem queira fazer caminhadas [e há imensas para fazer] também achamos uma semana o ideal.


Onde ficar?


A ilha não é muito grande e, no máximo, em hora e meia vai-se de uma ponta à outra. Há dois aeroportos, um no norte, próximo da capital Santa Cruz, e outro no sul. Nós voámos para o Norte e chegámos à noite, portanto não queríamos ficar muito longe. Optámos por ficar em Puerto de La Cruz e gostámos da escolha.


O mais importante a ter em conta na escolha do alojamento é o objectivo da viagem. Se é fazer praia, definitivamente na Costa Adeje, nas praias mais famosas como a Playa de las Americas ou a Playa de los Cristianos [com a consciência de que aquilo é tipo Albufeira no Verão]. Se a ideia é conhecer a ilha toda e ir só uma vez ou outra à praia, então definitivamente zona de Puerto de la Cruz ou La Orotava. A capital vale a pena visitar mas não tem grande interesse, nem a melhor localização para ficar por lá.


Como fazer deslocações?


Apesar de termos lido que há transportes por toda a ilha, consideramos que ter carro é essencial para visitar a ilha o melhor e mais rapidamente possível. Desta vez, por termos lido noutros blogs, escolhemos uma rent a car local, a Cabrera Medina, cujo preço era bem mais baixo que através da Rental cars e já incluía cadeira de bebé e seguro contra todos os riscos sem franquia. Ainda tivemos a sorte de nos terem dado uma carrinha bem acima do carro básico que reservámos!


A grande dificuldade que tivemos foi com o estacionamento nalgumas cidades, como na marginal de Puerto de La Cruz, em La Laguna e em Santa Cruz. Em todas elas demos tantas voltas à procura de lugar que desistimos e acabámos por pôr o carro em parques de estacionamento, a preços pouco convidativos. Nos restantes locais conseguimos não pagar mas imagino que junto às praias no Verão não seja muito fácil também.


O que comer?


Ir a Tenerife implica obrigatoriamente experimentar os famosos Guachinches. Estes surgiram inicialmente nas casas dos produtores de vinho, que, para escoar a sua produção, vendiam refeições caseiras acompanhadas do seu vinho. Com o passar dos anos tornaram-se restaurantes muito simples e sem luxos, mantendo a tradição dos pratos caseiros e, muitos deles, não vendendo mais bebidas além de vinho.


Uma forma fácil de os descobrir é usar a aplicação Guachicheapp. É uma app muito básica, talvez até demais, que pouca informação tem além da localização, uma breve descrição e, nalguns casos, uma foto. Mas é o suficiente para descobrir os locais.


O primeiro que experimentámos foi na capital e não correu assim muito bem para a nossa carteira [para o estômago foi mesmo muito bom]. Não nos deram menu e o senhor dizia muito rapidamente muitos pratos com coisas que não percebíamos muito bem. Percebemos depois que, no fundo, as refeições nos guachinches são tapas. E pedimos várias entradas e ainda um prato principal para cada um, por não termos percebido. Saímos de lá a rebolar, foi claramente comida a mais para 2 pessoas!


Ficámos totalmente rendidos ao queijo assado e às batatas com almogrote e mel. São ambos deliciosos. Também comemos um prato muito típico chamado papas, pinas y costillas que basicamente são batatas e maçaroca cozidas com costeletas de porco cozinhadas durante muito tempo, o que torna a carne muito macia. É bom mas não foi o nosso preferido.


Depois de percebermos o esquema dos Guachinches passámos a não gastar mais de 15€/20€ por refeição para os dois.


Tenerife também é um bom local para matar saudades de alguns frutos que só comemos na Ásia, já cá só há a preços exorbitantes, como as pitaias, uma vez que o clima de lá permite que haja produção local. E também experimentámos um tipo de maracujás maiores e de casca laranja que eram super ácidos! Não sei se por azar na escolha ou se são mesmo assim! Ah, e os famosos "higos de picos", a fruta dos cactos, que sim, se chama assim porque estão cheios de picos! Não façam como eu no supermercado que resolvi apalpá-los para ver se estavam maduros e fiquei cheia de picos quase invisíveis na mão (descascámos com um monte de papel higiénico enrolado para não voltar a acontecer). Mas vale a pena o esforço porque são óptimos! E bananas, bananas, bananas!


Tenerife com um bebé


A experiência que temos de Espanha é que costuma ter cidades bem adaptadas. Tenerife não é excepção. Sempre que escolhemos andar com o carrinho foi muito fácil. Passeios largos e lisos, rampas! Até há algumas caminhadas adaptadas! Apesar de preferirmos a mochila ele já se cansa um bocado se for muito tempo e, na altura, ainda só dava uns passinhos sozinho! Foi bom ir alternando entre os dois!


A maioria dos restaurantes a que fomos tinham cadeira para bebé. Muda fralda não nos preocupámos muito porque estava calor e podíamos trocar em qualquer lado!


Em todas as viagens que fizemos até agora, ter um bebé dá-nos muito mais sorrisos e simpatia! Esta não foi excepção! Sentimo-nos sempre bem vindos em todo o lado.


O Francisco tinha 14 meses na altura e, por isso, ainda não comia de tudo [e ainda não come, apesar de cada vez serem menos as restrições]. Sopa só encontrámos no Mercadona [o Lidl falhou-nos desta vez] e de resto cozinhávamos coisas simples ao jantar e levávamos para o almoço dele do dia seguinte. O Francisco detesta aqueles boiões de comida já feita, por isso não são uma opção. Mas fiquei fã dos produtos de bebé do Mercadona, desde as frutas às fraldas!


Achámos Tenerife um óptimo destino para levar um bebé desta idade porque no mesmo dia dá para fazer visitas mais culturais ou caminhadas e também praia para eles terem o seu tempo de liberdade e exploração, sem se tornar demasiado cansativo.


No próximo post falarei sobre os pontos de interesse da ilha e daquilo que mais gostámos. Espero conseguir fazê-lo brevemente!


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