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Tróia a Sagres, versão rally praias

O P. e dois amigos tinham decidido há uns meses fazer o caminho de Tróia até Sagres de bicicleta, aproveitando o feriado de 15 de Junho e juntando-o ao fim de semana. Já que ia estar sozinha tirei também a 6ª feira de férias e combinei fazer alguma coisa com uma amiga, desta vez dentro de Portugal.


A pouco tempo de irem, o P. pediu-me para ir com eles e ser uma espécie de carro-vassoura. Eles iam acampar e precisavam de levar todo o equipamento necessário para os 4 dias, de preferência sem fazer peso na bicicleta. A I. aceitou logo acompanhar-me nesta viagem.


Decidimos então fazer uma espécie de rally praias ao longo da costa. Depois de alguma pesquisa da minha parte e, sendo ela uma grande conhecedora da Costa Alentejana, traçámos, para cada dia, um plano pouco definido, apenas com os pontos de maior interesse e que não conhecêssemos. Ou melhor, que eu não conhecesse porque a I. conhece praticamente todas as praias, pelo menos até Odeceixe.


Mais uma vez fiquei maravilhada com a beleza natural do nosso país. Passei por praias apaixonantes, muitas delas quase vazias. E por muito bom que seja para quem lá vai ter muito espaço livre, estas praias merecem ser conhecidas! É incrível a quantidade de praias que por ali existem. Tantas a que fomos, tantas as que só espreitámos, ainda mais as que não fomos. Que vontade de passar um mês numa caravana só a explorar a costa Vicentina! Se não conhecem vão, é maravilhosa! Não percam mais tempo, temos um Verão inteiro à nossa frente!


Longe de fazer tops de praias, deixo-vos o nosso itinerário com fotos das praias por onde passámos e algumas informações úteis (se quiserem informações sobre o caminho de bicicleta o P. responde nos comentários).


Primeiro dia: Tróia - S. Torpes


Apanhamos o Ferry por volta das 9 e chegamos à Comporta por volta das 9.30. Ainda havia muitos lugares no parque gratuito, mas também muitos carros a chegar. É preciso ir bem cedo para não apanhar a confusão maior. É conveniente levar comida e bebida que chegue porque os preços praticados por ali são um pouco exagerados (p. ex. 2€ por uma garrafa de meio litro de água). A praia faz esquecer tudo isso, com um tom de água que faz lembrar as caraíbas.


Almoçámos numa terrinha chamada Carrasqueira, o famoso arroz de Lingueirão. Seguimos para as praias do Carvalhal e Pego mas àquela hora foi completamente impossível estacionar a uma distância caminhável e os parque pagos com tarifa mínima de 4€ fizeram-nos desistir.


Seguimos directas ao parque de campismo, o Campigir São Torpes, um parque simples e com instalações já antigas, mas com todas as condições necessárias a um preço bastante acessível. Depois de montarmos as tendas, já com os rapazes connosco, fomos até à praia de Morgavel, que tem acesso directo do parque (cerca de 10 minutos a caminhar).


Segundo dia: S. Torpes - Zambujeira


Começámos o dia com um mergulho na praia de São Torpes, na zona das águas quentes. Não sei se foi azar, se as turbinas só começam a trabalhar de manhã e ainda não tinham aquecido a água ou se é mesmo assim, mas a água estava efectivamente bastante fria. É certo que mesmo encostadas às rochas vinham umas correntes de água quente, mas a mistura não era suficiente para ser agradável.



Seguimos junto à costa até Porto Covo. Parámos algumas vezes para apreciar a paisagem. Ficámos pela Praia Grande de Porto Covo até à hora de almoço e almoçamos na rua principal, num dos muitos restaurantes. Depois de almoço passamos junto ao forte da Ilha do Pessegueiro para apreciar a vista e demos ainda um saltinho à praia do Malhão, já próxima de Vila Nova de Milfontes. Não visitámos VNM porque ambas conhecemos.


Fomos até à praia de Almograve onde, por coincidência, encontrámos os nossos ciclistas a trocarem de roupa depois de um banho. A praia é bastante grande e tem estacionamento fácil. Passámos ainda pelo Cabo Sardão para apreciar a vista e terminámos o dia com um mergulho no parque de campismo da Zambujeira - Camping Villa Park Zambujeira. O parque é pequenino mas muito agradável. O preço não é dos mais baixos mas tem incluído o acesso à piscina. Tem também a opção de alugar casinhas típicas alentejanas que me pareceram muito bem (não sei os preços).

Terceiro dia: Zambujeira - Parque de Campismo do Serrão


Passámos pela praia da Zambujeira mas apenas vimos e parámos, um pouco mais à frente, na praia do Carvalhal. Ambas são muito giras, mas a do Carvalhal é maior e pareceu mais fácil de estacionar (não sei em pleno Verão).

À hora de almoço soube que o P. já estava no parque de campismo porque nessa dia as temperaturas chegaram aos 40º e eles fizeram o percurso todo de manhã para tentar fugir um pouco ao calor. Almoçámos no Museu da Batata Doce, no Rogil, que aconselho muito, e seguimos para o parque para os ir buscar para a praia. Voltámos um pouco para cima e estivemos a tarde toda na praia de Odeceixe, cujo único defeito é a dificuldade em voltar para o carro pela subida. O Parque de Campismo do Serrão não me convenceu. É todo de eucaliptos ainda relativamente pequenos, o que faz muito pouca sombra. Tem piscina incluída no preço mas fecha às 19.00 (já não tive oportunidade de experimentar) e, tirando isso, é caro para as condições que oferece.


Quarto dia: Parque de Campismo do Serrão - Sagres


Iniciámos o dia de praia na Bordeira, a maior praia onde já estive. É de difícil acesso mas foi uma das minhas praias preferidas nestes dias, senão mesmo a preferida. Seguimos por uma estrada de terra junto à costa para aproveitar as vistas e parámos junto à praia do Amado mas seguimos para Sagres porque a fome já apertava. Terminámos a viagem na praia da Mareta, em Sagres, onde fomos todos brindados com uma tarde maravilhosa, sem vento e com água azul turquesa. E tanto que o meu P. merecia!


Até já Costa Vicentina!

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