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Ho Chi Minh, a nossa última cidade do Vietname

Chegámos a Ho Chi Minh depois de uma viagem de cerca de 3 horas de autocarro. Finalmente íamos conhecer mais do que a zona do aeroporto, onde já tínhamos estado duas vezes.


Seguimos para o hostel de táxi, no qual me esqueci de negociar o preço e fui a viagem toda a achar que íamos ser roubados. Mas tivemos muita sorte com o condutor. Além de ter usado o taxímetro, ficou bastante mais barata do que o indicado no guia.


O hostel era bastante central e fomos a pé até ao mercado mais conhecido da cidade, o Ben Thanh. Voltaram as buzinas, voltou o medo de atravessar a estrada. Avenidas enormes, maiores que as de Hanoi. O medo aumentou. O mercado já estava a fechar porque estava a anoitecer. Saímos e foi aí que começamos a ver pessoas a empurrarem umas estruturas de ferro com rodas pelo meio da estrada. Parámos a ver. Cada vez apareciam mais. Percebemos que estavam a montar um mercado nocturno numa rua junto ao outro mercado. Continuámos pela rua a ver mais e mais pessoas a transportar aquelas estruturas metálicas, até que percebemos que vinham de uma espécie de armazém a uns dois quarteirões. Depois de jantar voltámos à mesma rua onde o mercado já funcionava em pleno.


Como só teríamos uma parte do dia seguinte para visitar HCM, voltamos cedo para o quarto e acordámos bem cedinho. HCM é uma cidade estranha. Por um lado faz lembrar Hanoi, mas por outro faz lembrar Singapura com os seus arranha-céus modernos. Mas uma Singapura cheia de motas e trânsito impossível.


Os principais monumentos da cidade são imitações de monumentos franceses, ou não tivesse esta cidade estado sob domínio francês durante bastantes anos. A Catedral de Notre Dame, a Opera e a estação dos correios fazem lembrar muito Paris.


Os restantes pontos turísticos da cidade são relacionados com a guerra do Vietname. O War Remnants Museum e os túneis Cu Chi não são locais que me agradem visitar. Talvez agradar não seja o termo correcto porque duvido que alguém fique agradado ao ver a guerra ali exposta a cru. Mas acho que não é sítio para mim. Prefiro ficar com a imagem do país e das pessoas agora, que estão em paz. Visitámos apenas o Palácio da Reunificação, o local onde se deu por terminada a guerra.


Acabámos no mercado Ben Thanh outra vez, desta vez para as compras de última hora. Deparámo-nos com um mercado altamente dirigido aos turistas, com corredores minúsculos entre as bancas que vendiam sobretudo souvenirs, imitações de mochilas/malas, tecidos e roupa, muita roupa.


Saímos da cidade em direcção ao aeroporto num autocarro público, com ar condicionado, onde pagámos 80 cêntimos, os dois, por uma viagem de 45 minutos em vez dos cerca de 10€ que pagaríamos de táxi. E assim terminou a nossa viagem pelo Vietname.


O Vietname é um país com cidades cansativas e barulhentas, mas com paisagens deslumbrantes. É um país de contrastes. Não acho que seja um país para toda a gente, especialmente se for a primeira vez na Ásia. É preciso muita capacidade de adaptação e pensar muito pouco em certas situações. Mas é um país que adorei conhecer e ao qual voltaria pois ainda ficou muito para conhecer. Quem sabe um dia...


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