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São Miguel, a ilha mágica

Esta não foi a minha primeira vez nos Açores, já tinha estado há uns anos, numa colónia de férias. Não tenho muitas memórias de por onde andei, talvez por não ter organizado nada, mas lembro-me que as paisagens eram maravilhosas. Daquela vez só fiquei uma noite em S. Miguel e não cheguei a conhecer nada além do porto.


Mas esta viagem acabou por ser só um cheirinho. Ficou acima de tudo uma grande vontade de regressar. Fomos na 6ª à noite e regressámos na 2ª bem cedo. Tínhamos dois dias inteirinhos para aproveitar. Claro que, tendo em conta que era Dezembro e anoitecia às 17 e pouco, isso nos limitou um pouco nas horas, mas nada que acordar mais cedo não resolvesse.


O planeamento da viagem foi feito no próprio dia, de acordo com o tempo. Soubemos de uma aplicação (Spotazores) bastante útil para poupar tempo e quilómetros. Dá-nos acesso às câmaras dos vários pontos da ilha e assim escolher os pontos que estão com o céu mais limpo. O que é bastante útil tendo em conta a instabilidade do tempo lá.


Assim, tendo em conta que estava menos nublado na lagoa das sete cidades, resolvemos ir até ao lado esquerdo da ilha: Ginetes, Ponta da Ferraria, Mosteiros. Tudo verde em contraste com o azul do mar. Vacas por todo o lado. Paisagens deslumbrantes por todo o lado. Fomos a vários miradouros e à Lagoa das Sete Cidades. Apesar de não estar sol e não se conseguir ver as cores das lagoas, estava suficientemente descoberto para se ver a paisagem. Seguimos para o Miradouro do Canário, que tínhamos lido ser um dos mais bonitos dos Açores. Estava um nevoeiro enorme e não se via nada além de branco em toda a volta. Apesar da desilusão de não se ver nada, não deixou de ser maravilhoso. Um caminho cercado com um mar branco a toda a volta. Ainda esperámos que se conseguisse ver qualquer coisa, mas acabámos por decidir vir embora. A meio do caminho começamos a ter vislumbres da paisagem no meio do nevoeiro e, de repente, o sol! Voltámos a correr para o Miradouro onde pudemos desfrutar da paisagem maravilhosa durante uns 5 minutos. Até que voltou o nevoeiro. Que sortudos! O resto do dia foi passado a percorrer as estradas do norte, junto ao mar, até à Ribeira Grande. E à noite demos um passeio por Ponta Delgada.


Para o segundo dia ficámos com o lado direito da ilha. De manhã, segundo as câmaras, estava nevoeiro em todos os picos. Fomos em direcção a Vila Franca do Campo, sempre com nevoeiro em terra e sol no mar. Depois de um café e um pastel fomos até às furnas, mais propriamente à Lagoa das Furnas. Seguimos para a Poça da Dona Beija onde tomámos um belo dum banho que eu achei que seria impossível pela temperatura cá fora. Afinal dei por mim a não conseguir estar dentro de água de tão quente que estava, só estava bem cá fora. Com algum custo e moleza lá fomos almoçar o cozido típico e depois visitar o parque Terra Nostra, lindíssimo. Ainda subimos à Lagoa do Fogo apesar das imagens desanimadoras das câmaras. E aí não tivemos sorte, só vimos mesmo branco.


Desta viagem ficou acima de tudo uma grande vontade de voltar e de passar mais dias, não só nesta ilha mas em todas. Os Açores são sem dúvida mágicos. Todo aquele verde a perder de vista, paisagens mais maravilhosas a cada curva. Aquela sensação de que estamos num dos paraísos da Terra é totalmente impagável e indescritível. Se ainda não foram, vão! Vale mesmo muito a pena, mesmo que seja só por um fim de semana.


Nota de viagem: não aluguem carro através da Ryanair. Tivemos duas opções, ou pagar uma taxa de 30€ mais iva para entregar o carro meia hora antes do escritório da rent a car abrir, ou devolver o carro um dia antes sem devolução do dinheiro desse dia. E não consegui de todo que me devolvessem mesmo com 3 ou 4 reclamações.


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