top of page

Indonésia, a viagem

Tenho muitas viagens na lista das viagens a fazer, Bali estava há algum tempo no topo da lista. Nem sei muito bem como lá chegou mas algo inexplicável me atraía em Bali. Sabia que não era um sítio de praias paradisíacas mas havia algo. E realmente houve.


A decisão de onde seria a lua de mel, não foi pacífica. Eu queria ir de mochila às costas descobrir o mundo, o P. queria algo mais calmo. Conseguimos chegar a um consenso rapidamente, com a ajuda de uns amigos que lá tinham estado o ano passado. Bali seria! Graças a eles soubemos que além de Bali, a ilha do lado, Lombok, também era bastante interessante e resolvemos dividir o tempo da viagem pelas duas. Queríamos ir o mais tempo possível mas como ainda faltavam alguns meses e havia sempre a possibilidade do P. conseguir trabalho até lá, decidimos marcar a viagem apenas para os dias da licença de casamento. Saímos no dia a seguir ao casamento, apesar de várias pessoas nos chamarem malucos, e chegamos na 2ª feira, duas semanas depois, que, por sorte, era feriado. Eram duas semaninhas bem contadas (tendo em conta que se perdem quase 4 dias em viagens) mas que queríamos aproveitar ao máximo.


Estivemos até à última semana apenas com as primeiras três e a última noite marcada para podermos decidir lá o que queríamos fazer. À última da hora acabámos por decidir marcar cá as noites para não estarmos a perder tempo lá. Então decidimos: 3 noites em Legian (zona mais para o sul de Bali), 4 noites em Ubud (no interior de Bali, conhecida pelos campos de arroz), 3 noites das ilhas Gili (2 na maior e 1 na mais pequena), 2 noites em Kuta Lombok (no sul da ilha) e, por fim, a última noite junto ao aeroporto de Bali onde sairíamos às 6 da manhã para passar o dia em Singapura.


Confesso que a viagem em si me custou bastante, não que isso me demova de voltar a ir para o sudoeste asiático, bem pelo contrário. Mas eu tenho alguma dificuldade em dormir em transportes, enquanto o P. adormece ainda o avião não levantou voo. Valem-me os livros e desta vez os filmes no avião.


O Domingo após o casamento começou cedo para mim. Tinha adormecido próximo das 6 da manhã e às 7.30, provavelmente pelas emoções do dia anterior e pela excitação da viagem, os olhos abriram e não consegui, apesar do esforço, que voltassem a fechar. O P. ainda dormir enquanto eu desesperava, com o telemóvel sem bateria e sem carregador. Ele lá acordou por volta das 9.30, tomámos o pequeno-almoço e viemos a casa trocar da malas. Táxi para o aeroporto por volta das 13.00 e espera pelo avião que saiu às 15.45. Fomos para Istambul, 5 horas de viagem e 0 de sono para mim. Escala de cerca de 3 horas, bancos almofadados, deitei-me ao comprido, bem confortável: sono, nada! Avião para Singapura à 01.50, 11 horas de voo. Primeiro serviram a refeição e enquanto isso vi um filme. Tentei dormir, completamente estoirada. Não consegui, comecei a desesperar e a ter um quase ataque de pânico, enquanto o P. dormia. Não gosto de espaços fechados, nem de me sentir presa e, no meio do sono, cansaço e de não conseguir dormir comecei a achar que não ia aguentar estar mais 8 horas naquele avião. Felizmente tenho um bom autocontrolo e consegui perceber que era tudo cansaço mas que não valia a pena lutar contra isso. Decidi ver um filme, escolhi um daqueles de chorar baba e ranho. E logo eu que não choro nada a ver filmes. Lá estava eu a chorar feita Maria Madalena, passa o um hospedeiro e pára "Are you ok?, Yes (sniff, sniff), Are you sure, you don´t look ok!, It's just the moovie!, Oh, a romantic moovie!, No, a sad moovie!, Ohhhh!" E foi-me buscar lenços! Muito bom. Depois lá fui vencida pelo cansaço e dormi que nem um bebé, por umas 3 horas.


Entretanto o pessoal começou a abrir as janelas e lá acordei para tomar o pequeno almoço e ver mais um filme. O mais estranho foi aterrar passado duas horas e serem 6 da tarde e passado pouco tempo estar de noite. Parece que me roubaram o dia. Mais uma escala de 3 horas e novo voo de 3 horas até aterrar em Bali. Chegámos ao hotel por volta da 1 da manhã e fomos recebidos com uns lençóis tão sujinhos que dormimos por cima da colcha, mas dormi numa cama finalmente!


E a partir daqui começou a felicidade, que contarei no próximo post!


bottom of page